sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Camaleões do mundo do sonho

São uma das bandas a que me refiro quando digo que as pérolas dos ano oitenta não chegaram aos tops (The Cure, The Smiths e outros são exceções). São camaleões e o seu nome condiz bem com a sua carreira e fama: passaram despercebidos da maioria dos ouvintes adolescentes da década de 1980, excepto em Manchester.
 The Chameleons, banda de culto (ou não) do post-punk. Se não é uma banda de culto, bem o devia ser. A sua musicalidade é distinta de qualquer outro grupo musical pela voz desesperada e gritante de Mark Burguess e pelas guitarras etéreas e ecoantes, assim como a percussão poderosa e dominadora. Estes camaleões, por certo, não são uns camaleões quaisquer.



 As letras sérias, profundas, existencialistas e não melodramáticas, contêm uma beleza moderna poética, que não são tão miseráveis e óbvias como as de Morrissey, por exemplo (a comparação não será das mais convenientes, talvez, mas é a única que me surge neste momento). São subtis, subjetivas e profundamente refletivas.
 Enfim, se ainda não ouviste, recomendo começar pelo álbum mais libertador: Script of The Bridge. Tem algo reconfortante, mas rebelde (Don't Fall). Algo melancólico mas zangado e amargo (Second Skin, Pleasure and Pain), algo que grita pela compreensão das pessoas, mas não a obtém (Monkeyland), algo que quer-se libertar, mas não consegue (Less Than Human), e para além disso, tem algo belo, distante, nostálgico e triste (View From A Hill) Óptimas e geniais letras, acordes e melodias lindíssimas e distantes.


Recomendo, com cinco estrelas e amor, por mim

Besos y quesos, muchachos

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